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quarta-feira, 4 de maio de 2011

CALIPGÍA 03.

Na terceira nádega de hoje, temos o lápis de cor. Na verdade um lápis suiço que um amio do meu pai me deu de presente a muitos anos, não é aquarelável, mas muito gostoso de trabalhar.
Sabem, prefiro este tempo chuvoso, mas reconheço que é extremamente funesto pra quem vive em áreas de risco, mesmo os que não vivem, mas moram perto de rios. Eles transbordam e as águas impetuosas levam tudo embora. Culpa do governo? Também.
Mesmo estando livre desta peleja, não saio sem uns arranhões. As chuvas torrenciais tem causado pane no sistema telefônico, e nas linhas de alimentação de energia, consequentemente os caixas eletrônicos ficam fora do ar. Não há uma única agência bancaria no bairro de Candeias (onde moro), então só nos restam os terminais de supermercados e postos de gasolina. Ontem foi uma luta para sacar um dinheiro bastante suado. A fila estava imensa, não só pela lentidão do sistema, mas também pela lerdeza de alguns clientes. Devia ter levado um livro, mas não levei, mesmo assim não ia dar pra ler, tem sempre um na frente (ou atrás) puxando papo furado, falando de futebol (que detesto) ou dizendo que Osama Bin Laden não morreu, que os americanos inventaram esta história como a da viagem a lua, só pra dizerem que são os tais. Putz, os mesmos caras que falam estas baboseiras acreditam que Elvis está vivo, agora Michael Jackson também. A terceira idade não podia faltar (como sempre) pra reivindicar seus direitos. Muito certo. Só que um pouco de bom senso não faz mal a ninguém. O idoso fica lá, digitando pausadamente os números de sua conta, não se ligando que o tempo estimado para a operação já se extinguiu a muito tempo, ao invés de levar alguém (sei lá, um filho ou um neto) junto para auxilia-lo. Aí ele recomeça tudo de novo. Quando por fim, depois de muito tempo sacam a importância, passam outros preciosos minutos contando o dinheiro ( tentando camuflar o mais que possa) como se o caixa pudesse cometer algum engano, e guardam "cuidadosamente" na bolsinha, o que também leva outro tempo, depois apertam seguidamente o botão de anula, com medo de que o próximo cliente possa de alguma forma penetrar em sua conta. Ah, e tem aqueles que levam inúmeras contas para pagar, pô, num único caixa!
E é isso, vocês já tiveram a minha cota de desabafo por hoje.
Se tudo der certo, amanhã tem mais bunda e mais desabafo.

4 comentários:

  1. Fala, Eduardo. Muito bacana a iluminação que conseguiu nesses desenhos (sério)!
    Sei o que são essas filas de banco, kkk. E você fez um extraordinário retrato do que acontece com o pessoal da terceira idade... é assim mesmo. Estou evitando ir ao banco em dias dedicados a eles.
    Abração e se cuida nessas chuvas aí do nordeste...

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  2. Fala, meu.
    As chuvas realmente estão brabas, ontem sai de casa pra resolver umas coisas e custei a voltar, havia água um palmo acima das calçadas, acredita?
    Pois é, sei que os idosos, nem sempre tem alguém paciente para acompanha-los e eles têm que resolver suas coisas, mas confesso que as vezes me irrito, mas fico na minha.
    Obrigado pelos elogios.
    Abração.

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  3. cara eu adorei o desenho desta bela mulher ....
    ficou otimo.. não sei por que vc mencionou pessoas que morão perto do rio, eu moro perto de um rio e é considerado zona rural onde moro e adoro o lugar onde moro acho que o contato com a natureza faz bem..
    abraços
    henrique silva.

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  4. O que mencionei, foi que infelizmente em alguns lugares, populações ribeirinhas tem perdido tudo com as enchentes em períodos de chuva. Graças a Deus que não é o seu caso.

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