Este ano as chuvas demoraram pra chegar, e não vieram com força total, alagando tudo, causando transtornos, como é normal por aqui. Estava um calor tão intenso que o suor que corria da cabeça trazido pelos fios dos cabelos se depositava desconfortavelmente nas conchas das orelhas. Finalmente as chuvas chegaram trazendo brisa e umidade, mas tal qual um amigo esperado a tanto, passou apenas para dar um oi, fingiu pressa e partiu, deixando um sol tímido, mas prometendo vingança.
São dez e meia e preciso desenhar uma lápide com umas inscrições. O desenho não quer sair, se agarrou às paredes da minha mente e se nega a aparecer no papel. Logo um desenho tão simples. Isto acontece as vezes. Me irrita, me faz perder tempo - e vai aí um segredo, por mais que eu tente, sou péssimo para desenhar letras. Minha opção nestas horas é ignorar o problema por um tempo. Algumas ideias são como mula teimosa, ou criança birrenta, deixe-a de lado um tanto e ela não pensará que é o centro das coisas e facilitará sua vida. Pelo menos espero.
Quase sempre, quando isto acontece, escondo a borracha, pego um papel e começo a riscar sem planejar o que vai sair. Gosto de canetas nanquim de ponta grossa, lápis de cor, esferográficas ou que der na cabeça no momento.
Dia destes aconteceu a mesma coisa e saíram os desenhos postados hoje.
Bom fim de semana a todos.
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