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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

ESBOÇO RAPIDEX.


Ai, ai. Me sinto um peixe fora do aquário. Sempre. Em todos os lugares  e situações. Só não me sinto um estranho ao lado dos meus irmãos e da minha esposa, e também com mais uns dois ou três amigos. De resto, não consigo me adaptar. Acho que já falei isto aqui.
Esta semana, perdi um tempinho navegando pelo Facebook, coisa que não fazia a muito tempo. Vi umas artes muito bacanas criadas por uns artistas brasileiros muito fodas. Hqs e ilustrações maravilhosas. Deixei o meu positivo e um comentário parabenizando. O curioso é que apesar de gostar do que vejo, não me sinto inserido nestes grupos, nem o trabalho deles tem a ver com o meu estilo de traço ou com a minha forma de ver a vida. Acho que por isto mesmo Zé Gatão ainda é um corpo estranho no meio disso tudo. Nunca devidamente aceito. Os que estão na ribalta, o ignoram, os que batalham por seu lugar ao sol, esnobam, como se o esnobe fosse ele.
Então, no silêncio e solidão do meu estúdio, remando contra a maré, eu continuo trabalhando.

Para não deixar vocês, meus queridos e queridas, sem um desenho, fiquem com este esboço de segundos, não aproveitado num livro didático.


Se cuidem e tenham um bom fim de semana.

4 comentários:

  1. Muito obrigado pelas palavras e conselhos, lendo os ultimos comentários, sinceramente não entendo como um personagem como o Zé Gatão é alvo de tanta crítica e descaso, ao meu ver, em parte é dor de cotovelo por não conseguirem um personagem com caracteristicas tão próprias e sóbrias quanto você conseguiu com o felino, sempre que releio os contos do mestiço sinto-me com inspiração renovada, VOCÊ É BOM. E PONTO FINAL. Até mais.

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    1. Salve, Adalberto! Grato por sua gentileza, como sempre digo, pode soar clichê, mas palavras positivas ajudam na caminhada, é como aquele incentivo para um atleta fazer mais uma repetição, para o corredor acelerar mais um pouquinho o passo pois a linha de chegada está perto e assim por diante. Pode não parecer, mas este mundo das artes e dos quadrinhos está cheio de gente soberba e invejosa. Só mesmo estando no meio é que se nota aquele riso forçado, aquele olhar enviesado, bem disfarçado de quem diz no íntimo: "este cara não pode ser melhor que eu, não ele". Não é paranoia minha não, convivendo com muitos quadrinistas e editores ao longo de uns 30 anos a gente percebe quem te apoia de fato e quem quer te ver pelas costas. Para estes últimos basta apenas fechar os olhos e a boca ao seu trabalho. Se não faz parte da panela, não publica lá fora, não ganha HQ Mix, então cê não joga no time. No caso de Zé Gatão é isso mesmo, descaso. Sem problemas. Sem modéstia alguma, é um material autêntico, é voz dissonante, não faz coro com a maioria das hqs. Por isto mesmo, graças a Deus, consegui meu próprio espaço, ainda que restrito, sem ter que beijar a mão de ninguém, com o apoio de um pequeno público que entende e gosta do que eu faço (ao qual agradeço, sinceramente).
      Bem, por hoje fui cabotino demais.
      Abração, meu caro.

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  2. O Zé Gatão paga o preço de ser original, Schloesser, e de não fazer concessões ao gosto popular. Mas, se fosse diferente, seria apenas mais um. Abraço!

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    1. É bem por aí mesmo, Carla. Acho que o descaso seja por este motivo. Mas creio que isto torna o produto mais forte.
      Abração e obrigado.

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