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domingo, 8 de julho de 2018

FAMOUS MONSTER DE VOLTA, COM FREDDIE KRUEGER! E TAMBÉM UM RESUMO DE COMO VOLTEI PARA BRASÍLIA EM 1983.

Eu estava animado para fazer as releituras dos personagens da Hanna Barbera e de repente o pique foi pras picas, não sei dizer exatamente o porque..... rabisquei Os Impossíveis no meu estilo e não funcionou, não saí dos traços preliminares, não deu vontade de continuar, isso acontece as vezes; portanto, Homem Pássaro, Herculóides, Falcão Azul, Bionicão e outros terão que hibernar até que eu me sinta inspirado de novo. Penso em dar minha visão para o He-Man e os habitantes de Etérnia, mas não agora. Em compensação senti compulsão para voltar à minha série de Famous Monster. E o retorno se dá com mister Freddie de A Hora do Pesadelo. Meu foco nas artes pessoais, além da HQ Zé Gatão - Siroco, será em tipos como a Múmia, Criatura da Lagoa Negra, Elvira, A Raínha das Trevas e etc. Aguardem! 


Em 1983, depois de amargar uns anos infrutíferos no Rio de Janeiro, resolvi voltar para casa dos meus pais em Brasília. Resisti a isso enquanto pude na esperança de alguma coisa na minha vida desse certo e eu não retornasse como um completo fracassado. Joguei a toalha, um pouco mais e eu me perderia de vez, talvez até a própria vida (rumava para isto, não é exagero!).
A relação com a mãe da minha filha fora um desastre completo desde o início, e ali, no interior da chamada cidade maravilhosa eu me dei conta de que um ciclo em minha vida estava encerrado, insistir mais seria perpetuar a agonia.
Algumas pessoas podem pensar assim: se esse cara se diz cristão, como se queixa ele tanto? Onde está o Deus que ele diz confiar? Eu respondo, ser cristão é viver de certo modo como peregrino em terra estranha e isso faz sofrer, eu não era inclinado a verbalizar minhas queixas (salvo de forma subliminar em meus quadrinhos) até me sentir a vontade para comunicar neste blog. Muitos tampam o sol com a peneira, outros acham que Deus é uma espécie de garçom que, se você orar, Ele trás as bençãos em uma bandeja dourada. Nossa pátria não é deste mundo, esperamos pelo que Ele prometeu, até lá temos que combater o bom combate. Eu sempre fui um tanto rebelde e optei por não mascarar a realidade da minha vida. O que preciso para viver Jesus me dá em boa medida, afinal, consigo pagar minhas contas e sustentar família com meus desenhos, coisa que gente bem mais capacitada não consegue e, não nego, tenho mãe e irmãos que sempre me socorrem quando a água me chega no pescoço e isto é mais uma benção de Deus.
Eu estava assim no Rio de Janeiro, tinha tv, muitos livros, discos e um som, morando num lugar onde não era bem vindo, sem nenhum dinheiro para fazer minha mudança de um estado para outro, até numa certa manhã, indo a uma feira que tinha semanalmente no centro de Paty do Alferes, o Senhor me  deu a solução. Eu usava uma jaqueta do meu antigo colégio em Brasília, onde fiz o primeiro ano do segundo grau (que era como se chamava na época, hoje é conhecido como ensino médio) e um rapaz que trabalhava por ali, me chamou:
"Ei cara, você é de Brasília?"
"Vim de lá."
"Eu morei um tempo em Brasília."
Bem, entabulamos um papo rápido sobre a Capital Federal e fiquei sabendo que ele estava se separando da esposa e tencionava procurar trabalho no Planalto Central, voltaria dirigindo sua Kombi
e procurava alguém que pudesse acompanhá-lo na viagem. Mãos procurando umas luvas e eu me adequava perfeitamente. Não titubeei, perguntei se ele não transportaria minhas coisas no seu veículo, eu seria a companhia que ele procurava para a locomoção e ainda daria uma grana (minhas últimas reservas) para ele. Claro que ele topou. Marcamos tudo para a semana seguinte.

A separação entre eu e Luci foi sofrida, daria um livro, eu queria ter liberdade e coragem para dar os detalhes, mas não posso.

Não lembro o nome do rapaz da Kombi, infelizmente, recordo que em Paty ele era conhecido como Ruço (ou seria Russo?). Em São Paulo, alguém com pele e cabelos claros ganha a alcunha de "alemão", no interior do estado do Rio era "russo". 
Eu e o Ruço - vou escrever assim porque acho que ele se parece mais com Ruço do que com russo, não sei se vocês me entendem - ganhamos a estrada em uma noite bem fria no fim de julho, ou início de agosto, não lembro bem, do ano de 1983. Eu deixava para trás sonhos de juventude e meu coração aos pedaços. Eu realmente amei aquela mulher.

Pretendo continuar este relato semana  que vem, se Deus permitir.




 






     

7 comentários:

  1. Gostei da ilustração.
    Nunca fui fã do Freddy quando criança ou adolescente.
    Já usei um trecho do primeiro A Hora do Pesadelo num bloco daquele Visão Videocast sobre terror e similares. Os únicos que vi por inteiro foi A Morte de Freddy (o 6º filme) e o remake. Sem falar no Freddy Vs Jason.

    Graças aos céus que apareceu um sujeito pra te tirar de tamanho aperto.

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    1. Como eu disse, eu entendo esses acontecimentos como milagres de Deus na minha vida Anderson, todas as vezes que meus recursos se esgotam, surge miraculosamente uma solução.

      Sobre o Freddie Krueger eu gosto do conceito, acho um personagem, apesar de desprezível, interessante. Vi todos, embora nunca fosse um fã de carteirinha. Perdi o Freddy X Jason, infelizmente. É bom?

      Abraço e obrigado pelo comentário!

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    2. O encontro deles tem ideias interessantes, mas é só mero passatempo e nada de mais. Eu vi na TV.
      Caso se interessou, posso procurar e te enviar como fiz com a hq e o filme do Whiteout.

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    3. Ah, rapaz, muito obrigado, mas nem precisa se preocupar, uma hora passa na tv e eu vejo. Tem tanta coisa mais interessante na fila...valeu mesmo!

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  2. Esse Freddy ficou muito legal, Schloesser. Parabéns! Sou fã dos monstros e mal posso esperar pela Elvira. Rapaz, que sorte, aparecer esse Russo/Ruço! Abraço!

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    1. Eu já ensaiava um retorno aos monstros a muito tempo, Carla, mas nunca punha as mãos na massa, mas eu acredito que tenha um tempo certo para tudo e a hora chegou, estou mesmo a fim de trabalhar nos personagens que faltam. Aguardemos.

      Sobre o Ruço, falarei mais sobre ele numa postagem próxima, talvez já este fim de semana.

      Obrigado e forte abraço!

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  3. De todos os monstros oitentistas, Krueger é o mais interessante em minha opinião, creio que em grande medida porque ele não se leva a sério. Pena que você desistiu de fazer a série Hanna-Barbera: teriam sido artes estupendas, sem dúvida!

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