Tenho recebido com muita frequência links de debates sobre assuntos já velhos, com as seguintes perguntas enfiadas uma ou outra vez ao longo do colóquio: "porque q hq nacional não vinga?" ou "o que falta ao artista brasileiro viver de sua arte?"
É interessante notar que atualmente os debatedores são sempre os mesmos, os autores da moda, que diga-se de passagem, são extremamente talentosos e que mereçem estar no olimpo dos grandes criadores de quadrinhos neste país. A questão é que não são os únicos, há uma pá de gente brilhante que normalmente é ignorada nos grandes festivais e etc. Não falo por mim, pois me sinto um privilegiado, vou logo adiantando.
Quando comecei neste meio, em São Paulo, eu ia a todos os eventos possíveis, Ângelo Agostini, Gibiteca Enfil e tal e coisa, e os convidados para as mesas redondas eram os fodões da época, e reparei que em muitos momentos, estes mesmos fodões estão por trás dos fodões atuais. Ou seja, não parece haver uma renovação legítima de pessoas dentro do mercado, tendo a pensar que aí fica difícil mesmo a "coisa" ir para a frente, se existe um bolo tão grande, mas as fatias são distribuídas para apenas uns poucos. Paranóia minha? É bem possível, mas sei lá, conheço tantos caras (desenhistas e roteiristas) que labutam nestas trincheiras, que não dá para evitar a comparação com o major Quaresma e seu criador.
Esta é a ilustração que criei para a capa do livro.
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