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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MAIS SOBRE A BIOGRAFIA DE EDGAR ALLAN POE.



Edgar Allan Poe fez aniversário a poucos dias e a biografia dele que estou quadrinizando ainda está longe de ficar pronta. Ela avança a passos de tartaruga devido a minha impossibilidade de me dedicar a ela integralmente. Mas ainda que pudesse, nem por isto ela estaria finalizada neste mês ou no outro, isto porque a técnica empregada é trabalhosa, delicada e não tenho mais as energias de antigamente. Trabalho hoje de forma mais metódica e mais lenta.


Dia destes o roteirista perguntou se dentro de três meses eu a terminaria, pois há uma editora no Rio de Janeiro interessada em publicar neste prazo. Eu disse que não poderia prometer, mas que era muito provável que não. Ele então quis passar a bola para outro artista , zerar tudo e recomeçar nos traços de um outro cara que fosse mais rápido. Eu disse a ele que tudo bem. Só seria pena que as mais de 50 páginas que fiz, que já estão prontas, ficariam no limbo.


Fiquei muito chateado com o cancelamento, mas o tempo cura tudo, principalmente nos dias de hoje em que sonho menos e tento ser mais prático. Sendo assim, foi com uma mescla de mágoa e alívio que me vi livre deste encargo e poderia me dedicar aos trabalhos que me sustentam e alguns projetos pessoais que tenho deixado empoeirar faz tempo.


Até que o artista e editor ligado ao projeto me ligou perguntando como estava o andamento da história. Disse a ele da decisão do escritor. Ele, parece, conversou com o roteirista e recebi do mesmo uma mensagem para eu continuar com a obra. Que esperaria.
Eu estou tentando acelerar o processo sempre que possível, mas não é fácil. Ainda estou na juventude do biografado, ele está prestes a ir para West Point, ou seja, tem ainda muito chão pela frente.


Hoje posto alguns traços, rabiscos, design de página e esboços finais, para vocês conferirem mais ou menos como é o meu processo.


Aos poucos a coisa vai ganhando corpo. Uma hora fica pronto.


Edgar Allan poe merece.



6 comentários:

  1. Fala, Eduardo! Bacana ver os processos de trabalho de uma HQ. Que bom que o editor esperará por essa sua obra. Sei como é trabalhoso, mas perder tudo que já foi feito seria uma pena. E, depois, quando a obra finalmente vier a público creio, feito assim, do seu jeito, faria jus ao biografado. Allan Poe merece.
    Um grande abraço,

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    1. Obrigado, Gilberto.
      Está mesmo difícil esta obra do Poe. Ontem mesmo trabalhei nela e um único quadrinho me tomou muito tempo. Minhas costas doem demais depois de várias horas sentado numa única posição, e olha que já fiz aqueles exercícios de alongamento e tal, mas convenhamos, a idade conta, meu caro. Não mencionei no texto, que o roteirista espera anos para ver o projeto concluído e ele tem a idade avançada. Mas aos poucos ela vai saindo e vai ficando legal, como pode atestar a página mostrada neste post.
      Um abração, meu amigo.

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  2. Muito interessante ver as páginas sendo montadas, Schloesser. Ainda bem que o roteirista reconsiderou. Esse trabalho promete. O negócio é ir com calma, à medida que a saúde permite. Abraço!

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    1. Isso mesmo, Carla, à medida que a saúde permite. Espero que ao final de tudo a coisa renda, estou tentando fazer (como sempre) meu melhor trabalho, embora nem sempre fique satisfeito com o resultado. E neste projeto especificamente não ganho um centavo (até agora).
      Obrigado e um abração.

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  3. Oi, e bom dia Eduardo, depois de um tempo afastado, (pra não pagar de chato grudento, mas visito este blog diariamente, como já disse certa vez gosto muito de ler o que você escreve), escrevo-te novamente, fiquei feliz em saber que você, usa referências nos processos de criação dos teus trabalhos, embora eu, apenas um amador, gosto de desenhar e ao usar referêcias me sinto um tanto mediocre no meu trabalho, e ao saber que um artista tão conceitoado quanto você usar dos mesmos metodos, me anima, pois considero assim que não estou tão errado em minha trajetória. Obrigado e abraço.

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    1. Oi e bom dia pra você também, Adalberto.
      Uso referências quase sempre, mas é só para me sentir na zona de conforto, ou seja, ela não é o meu suporte, antes de tudo tenho que deixar a minha marca para não parecer uma cópia exata de uma foto por exemplo. Nada contra os artistas que retratam um local exatamente como está na referência, mas valorizo mais o artista impõe a sua marca no trabalho. Como um exemplo prático do que estou falando, tomemos o artista francês Jano que retratou alguns pontos da cidade do Rio de Janeiro ( http://jomarfreitas.blogspot.com.br/2011/11/rio-de-jano-2.html ) obviamente ele usou fotos para as ilustrações, mas ao ver as artes nem parece que o fez, pois ele imprimiu fortemente a sua marca. É o que tento fazer em meus trabalhos. Agora, é lógico que para se exercitar é ótimo usar fotos, seja de rostos, frutas, animais ou paisagens e tentar retrata-los da maneira mais realística possível. Continue trabalhando e se exercitando. Qualquer coisa, estou por aqui (ainda).
      Grato por sua visita e comentário.
      Grande abraço.

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