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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O INCRÍVEL GUSTAVO DUARTE.



Hoje eu gostaria de falar um pouco sobre o trabalho de um artista que me impressiona desde o ano passado: GUSTAVO DUARTE.
Mas antes, deixa eu fazer uma digressão; Não sei se é apenas eu que sinto, mas parece que hoje mais que nunca, malgrado toda a tecnologia, vivemos num mundo mais oco, mais ausente de calor e de inteligência. Como não podia deixar de ser, isto se reflete nas artes. Hoje, fala muito quem não tem nada a dizer. Vejo trabalhos primorosos com excelente acabamento gráfico e totalmente vazios de conteúdo.
Esta é uma das razões pela qual eu tenho procurado consolo no passado recente ( artísticamente falando, é claro ).
E lá, encontro criadores fantásticos que através de suas penas e pincéis expressavam um mundo de ideais, de conquistas, de esperança que pra muitos soaria retrógrado e piegas:  Howard Pyle, N. C. Wyeth, J. C. Lyendecker, Maxfield Parrish, Angelo Agostini, Joseph Clement Coll, Franklin Booth, Alex Raymond, Roy Krenkel.....ih, melhor parar, a lista vai longe.  
Encontro  pouco disto hoje em dia, não só aquela qualidade artística como do período que retratavam.
Claro, eram outros tempos, agora o mundo gira mais rápido e não  temos mais tempo pra ver um amigo, cumprimentar alguém, fazer uma visita, namorar ao por do sol.
Certo, entendi onde quer chegar, diria você, mas o que isto tem a ver com o Gustavo Duarte?
Tudo. E já explico o porque.
Pelo tempo que ando nesta terra dominada pelo diabo, tenho visto e apreciado os traços de uma infinidade de artistas. Uns fracos, outros bons, alguns excelentes.

Não conheço o Gustavo Duarte pessoalmente. Trocamos apenas alguns e-mails, mas tenho uma convicção de que tudo que é bom tem que ser divulgado a larga. A primeira vez que ouvi falar dele foi através do Blog do jornalista Paulo Ramos, era o anúncio da revista Có. Pelas imagens que vi, notei tratar-se de algo fino; e também foi bem recomendado por uma amigo de Brasilia. Logo entrei em contato  e encomendei meu exemplar. Enquanto não chegava, fui devorando o que podia do seu blog ( há um link à esquerda desta página, alguns desenhos desta postagem são de lá ).  Sabem, a maioria das caricaturas tendem a ser grosseiras, e é pra ser mesmo, mas o Gustavo consegue distorcer as formas com uma elegância, que o diferencia dos seus pares. O traço é limpo e meticulosamente elaborado. Fica algo belo, gostoso de apreciar. Logo me dei conta : um chargista inimitável.


A Có finalmente chegou e comprovei o que suspeitava, ele não domina somente a charge, também doma a dificil tarefa de narrar em quadrinhos uma situação com começo, meio e fim. Bem objetivo na proposta e sempre com um traço limpo e bem humorado. Quadrinho imperdível. É uma revista independente e ainda não entendi porque uma editora de peso não capitalizou em cima. Além disso, há muito capricho no que ele faz, as letras, o design gráfico, enfim tudo cuidadosamente elaborado.  


Bem, artistas bons - com tantas referências - é o que não faltam hoje em dia, o Gustavo ainda tem a decência de responder as mensagens que lhe são enviadas, sempre com muita atenção e educação. Isto faz uma grande diferença.  
Ele diz que tem uma nova hq programada pra breve. Estou aguardando ansiosamente.


6 comentários:

  1. o cara é genial mesmo!
    de babar!
    otima dica!
    bjo

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  2. Realmentenão dá pra ficar indiferente à arte do rapaz.
    Legal que tenha gostado.
    Bjo.

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  3. Realmente é uma excelente HQ, pena que é curtinha. Merecia ser parte de um grande album de luxo com mais dez histórias dele. Quem sabe um dia...

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  4. É.Quem sabe.
    Mas eu acho que caminha pra isto.

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  5. Conheci o Gustavo numa ComicCon RS e ele autografou meu exemplar de um especial dos Guardiões da Galáxia que ele desenhou. Pena que naquele dia, eu não tinha (ou esqueci de levar?) um da Graphic MSP (Chico Bento- Pavor Espaciar) que ele fez.

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    1. Eu tenho o Pavor ESpaciar, fraco, se comparar com as independentes dele. Não tenho mais ouvido falar nesse moço. Ele foi tão badalado uma época, né? Prova que muito do que se vê no mercado de HQs é modinha. Bá e Moon, Grampá....parece que saíram de moda.

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